O Ministério das Cidades pretende contratar até 3 milhões de unidades habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida até o final de 2026. A meta foi anunciada pelo ministro Jader Filho durante entrevista ao programa A Voz do Brasil, na segunda-feira, 7, onde destacou a ampliação do programa para famílias de renda média, além dos avanços no atendimento à população de baixa renda.
A principal novidade é a criação da Faixa 4, voltada para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil mensais. Essas famílias agora poderão financiar imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil, com até 35 anos para pagar e juros anuais de 10,5%. Segundo o ministro, essa nova modalidade chega em um momento em que o financiamento tradicional, sustentado pela poupança, perdeu força diante de outras opções de investimento.
Apesar do novo foco na classe média, o ministro destacou que o programa continua priorizando famílias em situação de maior vulnerabilidade. Ele ressaltou que a maior parte dos contratos atuais está concentrada na Faixa 1, voltada a quem ganha até R$ 2,8 mil por mês. Essa categoria teve um aumento no valor do subsídio, que agora pode chegar a R$ 55 mil por unidade, além de contar com as menores taxas de juros da história do programa.
O Minha Casa, Minha Vida está dividido em quatro faixas:
- Faixa 1: renda de até R$ 2.800
- Faixa 2: entre R$ 2.800 e R$ 4.700
- Faixa 3: entre R$ 4.800 e R$ 8.000
- Faixa 4: entre R$ 8.000 e R$ 12.000
Com a ampliação e novas condições de financiamento, o programa se reposiciona como um dos principais eixos da política habitacional brasileira, mirando tanto a redução do déficit de moradias quanto a dinamização do mercado imobiliário nos próximos anos.