Preocupados com o impacto das novas tarifas de importação anunciadas pelo presidente Donald Trump, consumidores dos Estados Unidos têm lotado supermercados em busca de produtos básicos. A expectativa de aumento nos preços e o temor de uma possível recessão estão levando muitos americanos a adotar o hábito da estocagem, reeditando cenas vistas durante a pandemia.
Nas prateleiras do Walmart e da Costco, pacotes de farinha, enlatados e produtos de higiene pessoal desaparecem rapidamente, empurrados por carrinhos abarrotados. Para muitos, a estratégia é clara: garantir o que for possível antes que as tarifas entrem em vigor nesta terça-feira, 8.
A nova rodada de tarifas, que integra o pacote de medidas protecionistas de Trump, deve afetar diretamente os produtos importados, pressionando os preços ao consumidor. A Tax Foundation, entidade apartidária especializada em política fiscal, calcula que os impactos podem ultrapassar US$ 3 trilhões em uma década, gerando um acréscimo médio de US$ 2.100 por família já em 2025.
Enquanto muitos consumidores preferem aguardar para ver o desenrolar das medidas, uma parcela começa a se antecipar ao possível caos. Para especialistas em cadeia de suprimentos, o comportamento já sinaliza risco.
Para os analistas econômicos, o movimento de Trump pode agradar setores industriais internos, mas tende a pesar no bolso do consumidor médio, que já lida com inflação, juros altos e custos crescentes de vida. O receio de uma nova recessão, somado às tarifas, forma um caldo de instabilidade que reacende os fantasmas recentes de prateleiras esvaziadas e orçamentos estourados.
Enquanto isso, as redes varejistas ainda não comentaram oficialmente a alta na demanda, mas o alerta já foi dado nos corredores, os consumidores estão se adiantando e o temor de crise volta a ganhar força.
Com informações da Agência Brasil.