Segundo acusações, Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, teria sido responsável por editar a minuta golpista e apresentar ao alto escalão das Forças Armadas, no dia sete de dezembro de dois mil e vinte e dois. O julgamento foi realizado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux, e pelo relator Alexandre de Moraes. 

Será decidido até quarta-feira, vinte e três de abril, se há provas suficientes na acusação para acatar a denúncia e tornar Filipe réu. 

No momento, a estratégia da defesa do ex-assessor consiste em alegar ilegalidades e excessos cometidos contra Filipe, usando como exemplo as prisões preventivas estendidas. Já Martins ficou detido por seis meses sem indiciamento ou denúncia. Outro argumento da defesa de Martins é que a PGR (Procuradoria Geral da República) manteve conteúdo igual em todas as denúncias posteriores, com exceção da parte final onde listam os acusados em cada uma delas.

Apesar disso, a Corte deverá se aprofundar no papel do acusado por articular tentativa de golpe. Além disso, também teria participado da concepção Punhal Verde e Amarelo, que se trata de um plano para assassinar o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

Se a denúncia for acatada, se iniciará uma ação penal contra o núcleo envolvido.