Mpox: o que você precisa saber sobre a “varíola dos macacos”?

A Mpox ou "varíola dos macacos" como é popularmente conhecida, é uma doença zoonótica viral, ou seja, iniciou-se com a transmissão entre animais e pessoas. O contágio entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas, mas também tem como ser infectado por meio de contato com animais silvestres (roedores) ou materiais contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo — podem aparecer em qualquer parte, inclusive nas genitais. Os principais sintomas são erupções cutânea, lesões na pele, linfonodos inchados (íngua) — adenomegalia —, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox (período de incubação) é por volta de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. Enquanto estiver em suspeita ou confirmação, é sugerido que se mantenha em isolamento social até o momento em que não se transmite mais o vírus. As crostras que se formam, como consequência das lesões na pele, secam e caem; dessa forma, a pessoa doente só deixa de transmitir o vírus quando essas crostras desaparecem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quarta-feira (14), que o atual surto de mpox na África é uma emergência de saúde global. A declaração ocorre devido a preocupações de que uma cepa mais letal do vírus se espalhe para outras regiões. Entretanto, a cepa mais comum do vírus já atingiu alguns outros países, a maior parte dos casos fora da África foi detectado nos Estados Unidos (em primeiro lugar) e no Brasil (em segundo, com mais de 11 mil casos). Por este motivo, a doença já deixou autoridades em alerta ao redor do mundo.


                                                                          

Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock | olhardigital.com.br/


Atualmente, não há medicamento aprovado especificamente para a mpox, mas há o tratamento que tem se sustentado em medidas de suporte clínico com a finalidade de aliviar sintomas, prevenir, tratar complicações e evitar sequelas. Contudo, há a estratégia de vacinação que prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença, que são pessoas vivendo com HIV e profissionais de laboratórios. As principais formas de prevenção é evitar contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença e lavar regularmente as mãos com água e sabão — quando não tiver tal acesso, usar álcool em gel.

 

Imagem de capa: Thom Leach/Science Photo Library/Getty Images | cnnbrasil.com.br/

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