O Flamengo se tornou, neste sábado (29), o primeiro tetracampeão brasileiro da Copa Libertadores. A conquista veio após a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Estádio Monumental de U, em Lima (Peru), resultado que colocou o Rubro-Negro no topo do ranking nacional de títulos do torneio. O clube carioca ultrapassa todos os concorrentes e isola-se como o brasileiro mais vezes campeão da competição.
A última ocasião em que um time do país liderou sozinho essa lista havia sido em 2011, quando o Santos levantou a taça e igualou o São Paulo, que mantinha o posto de tricampeão desde 2005.
Revanche e consagração
O triunfo rubro-negro também serviu como resposta à derrota sofrida em 2021, na final disputada contra o próprio Palmeiras, no Estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai). No duelo daquele ano, o Verdão venceu após um erro de Andreas Pereira, então jogador do Flamengo, que originou o gol de Deyverson. Agora, Andreas esteve novamente em campo na decisão, mas defendendo o lado palmeirense, sem grande protagonismo.
A nova taça consolida uma das gerações mais vitoriosas da história recente do clube. Desde 2019, já são 16 títulos conquistados, com três Libertadores no período (2019, 2022 e 2025). Em todas elas, o meia Giorgian de Arrascaeta e o atacante Bruno Henrique foram protagonistas. Ambos se tornam os atletas que mais vezes ergueram troféus pelo Flamengo, e Arrascaeta ainda levou o prêmio de craque da edição atual.
Na quarta-feira (2), o time pode ampliar a lista de títulos. Caso supere o Ceará no Maracanã, às 21h30, garante o Brasileirão com uma rodada de antecedência.
Arrascaeta, Bruno Henrique, o técnico Filipe Luís — agora campeão como jogador e treinador — e o auxiliar Rodrigo Caio já haviam saboreado a glória no Monumental em 2019, diante do River Plate, na primeira decisão em jogo único da Libertadores.
O jogo
A bola só começou a rolar 15 minutos após o horário previsto. O ônibus do Palmeiras enfrentou congestionamento em Lima, atrasando a chegada ao estádio. Abel Ferreira repetiu a formação habitual, enquanto no Flamengo Samuel Lino ganhou a titularidade no lugar de Everton Cebolinha.
Logo no início, o Rubro-Negro se impôs no campo ofensivo e criou duas oportunidades claras: primeiro com Bruno Henrique, lançado por Guillermo Varela, que finalizou por cima; depois com Samuel Lino, que bateu cruzado e quase abriu o placar.
A partida ganhou tensão e acumulou faltas e cartões antes dos 40 minutos do primeiro tempo — três para o Flamengo e um para o Palmeiras. A jogada mais contestada ocorreu após Erick Pulgar acertar a canela de Bruno Fuchs com o lance parado. Os palmeirenses pediram expulsão, mas o árbitro manteve o amarelo.
O Palmeiras passou a se encontrar no jogo e chegou com mais perigo, especialmente em um cruzamento de Khellven que Vitor Roque cabeceou, mandando a bola perto do travessão.
No segundo tempo, as duas equipes subiram o ritmo, porém o Flamengo retomou o controle. O desempenho superior foi recompensado aos 21 minutos: Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda e Danilo apareceu livre para marcar de cabeça no canto direito de Carlos Miguel. É o segundo gol decisivo de Danilo em uma final de Libertadores — o primeiro foi pelo Santos, em 2011, contra o Peñarol.
Atrás no placar, o Palmeiras avançou com tudo. Vitor Roque quase empatou aos 43 minutos, após uma jogada que começou com cabeçada de Gustavo Gómez bloqueada pela defesa. O atacante pegou o rebote, mas Danilo desviou e evitou o gol.
Everton Cebolinha, que entrou no segundo tempo, foi essencial para aliviar a pressão. Nos acréscimos, protagonizou grande jogada, sofreu falta na entrada da área e ele mesmo cobrou, acertando a trave.
O apito final confirmou a festa rubro-negra em Lima e espalhou celebrações pelo Rio de Janeiro e por todo o país — mais uma vez, como em 2019.
Com informações Agência Brasil
