RETROCESSO

Trump suspende programas de diversidade e inicia cortes em políticas inclusivas

Medida coloca funcionários em licença remunerada e marca início do desmonte de iniciativas DEIA nos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início nesta quarta-feira, 22, ao desmonte de programas federais voltados à Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade (DEIA). A decisão suspende temporariamente os funcionários responsáveis por essas iniciativas, colocando-os em licença remunerada até o dia 31 deste mês.

A medida é vista como o primeiro passo de uma estratégia mais ampla para eliminar as políticas que promovem a diversidade no governo federal. Durante sua campanha, Trump criticou abertamente essas iniciativas, classificando-as como "interferências desnecessárias na vida pública e privada".

“Estamos encerrando uma era de políticas que impõem divisões baseadas em raça e gênero. O governo deve focar em eficiência e meritocracia”, declarou o presidente em comunicado oficial.

Os programas DEIA têm sido fundamentais para a promoção de equidade em espaços públicos e privados, abrangendo ações para reduzir desigualdades raciais, de gênero e de acessibilidade. Com a suspensão, projetos em andamento podem ser comprometidos, e especialistas apontam que comunidades historicamente marginalizadas podem ser as mais afetadas.

A decisão gerou reações imediatas de grupos de direitos humanos e organizações civis. Representantes do setor argumentam que a medida é um retrocesso nos avanços conquistados ao longo das últimas décadas.

“Esses programas não são apenas necessários; eles são vitais para corrigir desigualdades estruturais em nossa sociedade. Esta decisão ameaça desmantelar anos de progresso”, afirmou a diretora da American Civil Liberties Union (ACLU), Karen Scott.

Embora a suspensão seja temporária, fontes do governo indicam que um decreto oficial para a extinção dos programas DEIA está em fase de elaboração. A administração Trump também sinalizou que revisará outras iniciativas relacionadas à diversidade no setor público.

A decisão reforça a postura conservadora do governo e coloca os Estados Unidos em um debate polarizado sobre a importância das políticas de inclusão. Enquanto isso, organizações e líderes de oposição prometem mobilizações para contestar a medida.

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