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Sobre a denúncia de golpe, Bolsonaro afirma: “Vou morrer, não vai demorar”

O ex-presidente é acusado da tentativa de golpe de Estado no Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (16) que em referência às acusações da tentativa de golpe de Estado no Brasil que irá morrer e não vai demorar. 

“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, em referência às acusações da tentativa de golpe de Estado no Brasil. 

Apesar da possibilidade de prisão, Bolsonaro nega qualquer envolvimento na trama e declara que não pretende sair do país.

“Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, com quem eu estava lá em Orlando, programei esse golpe aí”, declarou Bolsonaro ao canal AuriVerde Brasil, a fala faz alusão à ausência mencionada nos Estados Unidos durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O ex-chefe do Executivo alega que sua ausência do país durante as invasões o impede de ser considerado participante da articulação dos atos, o que tem sido um ponto central de sua defesa. Contudo, no julgamento que o tornou réu, os ministros do STF Cristiano Zanin e Flávio Dino argumentaram que a presença física não é imprescindível para configurar participação, desde que haja contribuição para a realização dos ataques.

Bolsonaro é acusado pela PGR de liderar uma organização criminosa armada e de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, caracterizando golpe de estado, dano qualificado contra o patrimônio público com violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal.

Núcleo 1

A Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade em 26 de março, a denúncia contra os oito réus que compõem o núcleo 1, considerado o "núcleo crucial" do golpe. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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