Nesta terça-feira (13), a Procuradoria-Geral da República (PGR) entregou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Reforçando o pedido de condenação dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, do major Ronald Alves e do ex-policial militar Robson Calixto.
Segundo o Congresso em Foco, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, defende o cumprimento de pena em regime fechado para os acusados. Ele enfatizou o dolo dos crimes e o risco gerado a terceiros.
"O crime foi praticado mediante promessa de recompensa e por motivo torpe, pois os agentes visavam manter a lucratividade de seus negócios ilícitos. Da execução, resultou perigo comum, caracterizado pelos múltiplos disparos efetuados em via pública, a partir do interior de um veículo, em direção a espaço aberto", apontou.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as provas reunidas confirmam que os denunciados participaram de uma organização criminosa com atuação miliciana. O grupo visava a grilagem de terras, o domínio de territórios no Rio de Janeiro e a formação de currais eleitorais. A atuação de Marielle contra essas práticas teria motivado sua execução.
A Procuradoria solicita a perda do cargo público de todos os réus, bem como indenização para as famílias das vítimas.
Agora o processo aguarda a definição da data de julgamento pelo relator, ministro do STF, Alexandre de Moraes.