O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) emitiu nesta terça-feira, 19, uma nota oficial sobre as condições enfrentadas no Pronto Socorro do Guamá, em Belém. A denúncia destaca alguns problemas que afetam tanto pacientes quanto profissionais de saúde, comprometendo a qualidade do atendimento.
Entre os principais pontos destacados na nota estão:
Falta de Medicamentos e Insumos Essenciais:
A escassez de itens básicos, como analgésicos, antibióticos, luvas e gazes, impede o atendimento adequado aos pacientes. Casos extremos, como amputações evitáveis devido à falta de antibióticos, foram registrados, agravando ainda mais a situação.
Atraso no Pagamento de Salários:
Médicos contratados de forma quarteirizada enfrentam constantes atrasos nos pagamentos, gerando instabilidade financeira e emocional para os profissionais, o que impacta diretamente no atendimento à população.
Descumprimento de Cláusulas Contratuais pela OS:
A Organização Social responsável pela gestão do Pronto Socorro do Guamá não tem cumprido com os direitos trabalhistas dos profissionais. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, falha na fiscalização rigorosa dos contratos firmados, deixando o hospital em situação de abandono.
Condições de Trabalho Indignas:
Os profissionais de saúde trabalham em ambientes insalubres, sem locais adequados para repouso e alimentação, além de estarem sobrecarregados pela alta demanda de pacientes. Essa pressão extrema compromete a qualidade do atendimento e a saúde dos próprios trabalhadores.
Cobranças e Exigências do Sindmepa:
Diante dessa realidade, o Sindmepa cobra medidas urgentes para reverter o cenário atual:
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Restabelecimento imediato do fornecimento de insumos e medicamentos no Pronto Socorro do Guamá, garantindo condições mínimas para atendimento.
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Auditoria rigorosa nos contratos com a Organização Social (OS) responsável pela gestão da unidade, com a aplicação de sanções em caso de descumprimento de cláusulas contratuais.
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Pagamento imediato dos salários atrasados dos médicos e demais profissionais de saúde, garantindo a estabilidade financeira dos trabalhadores e a continuidade do serviço.
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Melhoria das condições de trabalho para os profissionais de saúde, incluindo a criação de espaços adequados para repouso, alimentação e práticas médicas seguras.
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Transparência e comunicação à população sobre as medidas que estão sendo tomadas para superar essa crise no atendimento à saúde.
Ainda em nota, o sindicato alertou que a negligência com a saúde dos cidadãos e o abandono dos profissionais não podem continuar, pois isso coloca em risco tanto a vida da população quanto a dignidade dos trabalhadores da saúde.
A redação entrou em contato com a Sesma e aguarda o retorno até o momento.