Impasse na saúde

Mais de um ano após seu lançamento, programa federal para reduzir filas de atendimento em hospitais segue estagnado

Programa do Ministério da Saúde tem o objetivo de promover a contratação de médicos para reduzir filas de espera para atendimento especializado

 

O novo ministro da Saúde do governo Lula, Alexandre Padilha, enfrenta um grande desafio à frente da pasta.

Anunciado em maio de 2024 pela então ministra Nísia Trindade, o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE) prometia, entre suas metas, agilizar e desburocratizar o acesso de pacientes a consultas e exames especializados, por meio da contratação de mais profissionais e da melhoria da infraestrutura das unidades de atendimento.

Entretanto, um ano após o lançamento, o programa não avançou. Segundo o jornal O Globo, pacientes da rede pública aguardaram quase dois meses por atendimento com médicos especialistas — muito acima da meta de fila de espera mínima de 30 dias prometida pelo PMAE.

Os números do PMAE
Lançado como um dos carros-chefes da gestão Lula, o PMAE tinha o objetivo de implementar o programa em todas as cidades do país até o primeiro semestre de 2025. De acordo com o relatório de adesão de abril, todos os municípios brasileiros haviam aderido à iniciativa. No entanto, o documento não traz dados sobre os resultados práticos dessa adesão, de modo que os efeitos do programa ainda são desconhecidos.

O novo desafio de Padilha
Ao assumir o ministério em 10 de março, Alexandre Padilha destacou a necessidade de ajustes no PMAE:

“Volto com mais energia, com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país.”

Espera-se que o Ministério da Saúde anuncie em breve as mudanças previstas para revitalizar o programa. Enquanto isso, o PMAE segue sem avanços significativos.

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