PÓS-PANDEMIA

O Pará e os desafios da Covid-19 cinco anos depois no cenário pós-pandemia

Imunização e vigilância mantêm a doença sob controle, mas casos ainda são registrados no estado

 

Cinco anos após a declaração oficial da pandemia de covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Pará segue monitorando e combatendo a doença. Em 2025, os casos ainda surgem de forma espaçada, com 2.971 infecções e 26 óbitos registrados apenas em janeiro. A vacinação, considerada essencial para o controle da doença, continua disponível para grupos prioritários e para aqueles que ainda não completaram o esquema vacinal.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), em fevereiro deste ano, houve uma queda no número de casos e óbitos, com 1.394 novas infecções e quatro mortes registradas. Em Belém, a capital paraense, 94,43% da população está vacinada, totalizando 3.582.240 doses aplicadas.

Com a queda no número de casos e a ampla cobertura vacinal, a covid-19 deixou de ser considerada uma pandemia global e passou a integrar a lista de doenças virais em circulação. No entanto, os cuidados continuam sendo essenciais, especialmente para os idosos e imunossuprimidos, que devem receber doses de reforço a cada seis meses.

A população paraense conta com diferentes imunizantes para a proteção contra a covid-19, incluindo Pfizer Baby, destinada às crianças de 0 a 12 anos, e Zalika, aprovada pela Anvisa para pessoas a partir dos 12 anos. A vacinação faz parte do calendário oficial desde 2024 e segue um cronograma específico para os grupos prioritários.

Atualmente, a vacinação contra a covid-19 é obrigatória para alguns grupos e recomendada para outros. Crianças de seis meses a quatro anos devem receber duas ou três doses, dependendo da vacina. Gestantes, idosos e imunossuprimidos também precisam manter o esquema atualizado, com doses a cada seis meses. Outros grupos especiais, como trabalhadores da saúde, quilombolas e pessoas com doenças crônicas, devem receber a vacina anualmente.

Retrospectiva: Cinco anos de história da covid-19

O primeiro caso de covid-19 no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020, em São Paulo. No Pará, a primeira infecção foi registrada em 18 de março do mesmo ano, em um paciente que havia viajado para o Rio de Janeiro. A primeira morte no estado ocorreu em 19 de março, quando uma idosa de 87 anos, residente em Santarém, não resistiu à doença.

A vacinação no Brasil começou em 17 de janeiro de 2021, e no Pará, as primeiras doses foram aplicadas no dia seguinte, priorizando profissionais de saúde, indígenas e idosos em instituições de longa permanência. Em maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência sanitária global, marcando uma nova fase no enfrentamento da covid-19.

Mesmo com a redução nos casos, especialistas alertam para a importância da manutenção dos hábitos de higiene e prevenção. A expectativa é que, nos próximos anos, a vacinação continue garantindo a segurança da população e mantendo a doença sob controle, evitando novos surtos e hospitalizações.

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