ALERTA

Casos de SRAG disparam e acendem alerta em 11 estados, incluindo o Pará

Aumento expressivo de hospitalizações por doenças respiratórias preocupa especialistas e autoridades de saúde

 

As internações de crianças pequenas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em ascensão no Brasil, colocando 11 estados em situação de alerta. O novo Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência preocupante de crescimento da doença, associada principalmente ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Os estados com maior incidência de casos nas últimas duas semanas são Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e o Distrito Federal.

Entre as capitais, 12 apresentam crescimento expressivo das hospitalizações: Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Florianópolis, Macapá, Palmas, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís e Vitória.

A SRAG é uma condição grave, que pode ser desencadeada por diversos vírus respiratórios e afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Os sintomas incluem febre alta, dificuldade para respirar, baixa saturação de oxigênio e cansaço excessivo.

O VSR tem sido o principal responsável pelo aumento recente das hospitalizações. Esse vírus pode causar bronquiolite, inflamação dos bronquíolos que dificulta a passagem de ar, levando a sintomas graves. Crianças menores de dois anos são as mais vulneráveis.

Além do VSR, o rinovírus tem sido amplamente detectado, principalmente no Norte e Centro-Oeste, afetando principalmente crianças entre 2 e 14 anos. Embora geralmente cause apenas resfriados comuns, pode evoluir para complicações respiratórias em pessoas com saúde frágil.

O boletim da Fiocruz também registra a circulação do vírus Influenza, embora sem aumento significativo de casos graves. A previsão é que os números de influenza subam nas próximas semanas, o que reforça a importância da vacinação.

Especialistas recomendam medidas preventivas para conter o avanço da SRAG, como:

  • Uso de máscaras N95 ou PFF2 em locais de grande circulação e dentro de hospitais;
  • Manutenção da higiene das mãos para evitar o contágio;
  • Ventilação adequada de ambientes fechados;
  • Atualização do calendário vacinal, especialmente para gripe e covid-19.

Com a tendência de crescimento dos casos, as autoridades de saúde reforçam a importância de medidas preventivas e monitoramento constante da situação epidemiológica. O alerta segue ativo, e novas atualizações serão divulgadas nas próximas semanas.

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