Rio de Janeiro

Governador do Rio busca apoio da ONU no combate ao tráfico de armas

Cláudio Castro sugere parceria com agência da ONU em Nova York e entrega dossiê sobre facções criminosas de alcance internacional

 

Na última segunda-feira (12), o governador do Rio de Janeiro, esteve em Nova York buscando novas oportunidades para o estado, com foco na segurança pública.
Em visita a ONU, o governador propôs uma parceria ao Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (UNODA), para combater o combate de armas pesadas e fortalecer a segurança no Rio.

Segundo Castro, cerca de 90% dos fuzis apreendidos em 2024, têm origem nos Estados Unidos e entram no Brasil pelas fronteiras com Paraguai, Colômbia e Chile. O governador também destacou que é preocupante a venda de peças para montagem de armas, além de munição, pedindo o bloqueio da comercialização para países onde não há um controle rigoroso, além de pedir sanções mais duras para reincidentes.

O Rio não fabrica armas, mas é um dos estados que mais apreende armamentos pesados. Viemos buscar apoio para dialogar com as fábricas e impedir a venda de peças e munições para países sem controle efetivo. Enfrentar esse problema no Rio é enfrentar em todo o Brasil e até em outras partes do mundo.

 Afirmou Castro.

Com o objetivo de reforçar o combate ao narcotráfico e ao tráfico de armas, o governo estadual implementou o programa Guardião de Divisas. A iniciativa utiliza portais eletrônicos equipados com câmeras inteligentes e scanners nas fronteiras com outros estados. Apenas nos três primeiros meses deste ano, 1.490 armas de fogo foram apreendidas, incluindo 230 fuzis. Desde 2021, mais de 2.300 fuzis já foram retirados das mãos de criminosos.

Dossiê

Durante o encontro, foi entregue um dossiê com dados reservados de inteligência ao conselheiro do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ricardo Pita, e a representantes do Consulado Americano. Elaborado pelos secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, e da Polícia Civil, Felipe Curi, o documento detalha as conexões internacionais das facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

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