Daiane Dias, de 41 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 3, após complicações decorrentes de queimaduras graves. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tereza Ramos, em Lages, Santa Catarina, desde o dia 18 de novembro, após incendiar a própria casa.
O incidente ocorreu no dia anterior, em 17 de novembro, na residência onde Daiane vivia em Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil, ela adquiriu um produto inflamável em um estabelecimento local e usou para iniciar o incêndio, permanecendo dentro do imóvel enquanto as chamas se alastravam.
Socorro e condição médica
O Corpo de Bombeiros informou que, ao ser resgatada, Daiane apresentava queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 100% do corpo. Apesar do atendimento imediato e dos esforços da equipe médica, a gravidade das lesões foi irreversível.
Investigações em andamento
As autoridades seguem investigando o caso para esclarecer os motivos que levaram Daiane a tomar essa decisão extrema. A principal hipótese da polícia é que ela enfrentava problemas relacionados à saúde mental, mas detalhes ainda estão sendo analisados.
O delegado responsável, Bruno Reis, afirmou que o ato foi premeditado, considerando que Daiane adquiriu o produto inflamável poucas horas antes do ocorrido. Relatos de vizinhos indicam que houve uma tentativa de socorro por parte da população local, mas as chamas se espalharam rapidamente, impedindo uma resposta eficaz.
Ligação com o homem-bomba
Daiane era ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiu França", responsável pelo ataque explosivo ocorrido em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ligação com o episódio em Brasília trouxe mais atenção ao caso, mas a polícia ainda não identificou relação direta entre o ato extremo de Daiane e os eventos passados envolvendo seu ex-marido.
Repercussão e alerta
O caso gerou comoção e reacendeu discussões sobre saúde mental e a importância do suporte emocional. Especialistas reforçam que sinais de sofrimento psicológico devem ser levados a sério, e intervenções precoces podem evitar desfechos trágicos como o de Daiane.
A tragédia é um lembrete da necessidade de ampliar o acesso a serviços de saúde mental e oferecer apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade emocional. As investigações continuam para trazer mais esclarecimentos sobre os fatores que levaram ao incêndio.