INVESTIGAÇÃO

Participante do BBB 25 é investigado por envolvimento em esquema de pirâmide financeira

Marcelo Prata, representante de Manaus, teria ligação com fraude bilionária que lesou milhões de brasileiros

O empresário Marcelo Prata, participante do time "Pipoca" do Big Brother Brasil 25, está no centro de uma polêmica fora da casa mais vigiada do Brasil. Acusado de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira que operava sob o nome Unick Forex, Marcelo teria ajudado a captar clientes para a empresa, que prometia retornos irreais de até 33% ao mês, segundo investigações da Polícia Federal.

De acordo com a PF, o golpe, desmantelado em 2019 durante a operação Lamanai, causou prejuízo estimado em R$ 12 bilhões e afetou cerca de 1,5 milhão de pessoas em todo o país. A Unick Forex, com sede em São Leopoldo (RS), atraía investidores sob a promessa de lucros altos e rápidos, alegando trabalhar com criptomoedas e forex.

Marcelo, de 38 anos, foi citado como um dos líderes regionais responsáveis por divulgar a empresa e atrair novos investidores, recebendo comissões sobre os valores aplicados. Apesar de não ter sido preso, ele responde a processos movidos por clientes que se dizem lesados. Em sua defesa, Marcelo alega que também foi vítima do esquema.

No perfil oficial divulgado pela emissora, Marcelo é descrito apenas como servidor público, sem menção às acusações que pesam contra ele. A participação no reality ao lado da esposa, a esteticista Arleane Marques, de 34 anos, tem gerado debates nas redes sociais, com internautas questionando a ausência de informações sobre o passado do "brother".

Fundada por Leidimar Bernardo Lopes, preso em 2019, a Unick Forex funcionava como um clássico esquema de pirâmide. Investidores eram atraídos com a promessa de rendimentos impossíveis de serem sustentados, enquanto o dinheiro dos novos participantes era usado para pagar os antigos, até que o sistema colapsou.

O modelo de negócio contava com uma rede de líderes em diversas regiões do Brasil, que recebiam comissões de 10% sobre os investimentos realizados pelos novatos, incentivando a expansão do golpe.

A revelação sobre o envolvimento de Marcelo no esquema repercutiu nas redes sociais e levantou questionamentos sobre os critérios de seleção dos participantes do reality. Enquanto isso, as investigações seguem em andamento, e o empresário permanece como alvo de processos judiciais.

A emissora ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas o episódio reacende o debate sobre ética e responsabilidade na escolha de figuras públicas para programas de grande audiência.

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