Antes do duelo contra o Internacional, na Arena Castelão, o Fortaleza realizou uma homenagem aos jovens Mylan e Martina, torcedores do Colo-Colo que faleceram nas ruas de Santiago, antes do confronto entre as duas equipes na última quinta-feira (10), no Estádio Monumental David Arellano.
Os jogadores do Leão do Pici entraram em campo com uma camisa com os dizeres: “No futebol só há lugar para a vida”. O zagueiro Kuscevic entrou acompanhado por duas crianças carregando as bandeiras do Brasil e do Chile, vestidas com as camisas 13 e 17, representando a idade das vítimas.
Marcel Pinheiro, diretor de Marketing e Comunicação do Fortaleza EC SAF, diz: "Lamentamos muitíssimo o que houve fora do estádio, antes do jogo. Duas crianças saíram para ver seu time jogar e não voltaram para casa. Após uma invasão em campo, fomos forçados a sair do gramado no meio do jogo para preservar atletas e staff, por falta de segurança. Situações como essas não podem se repetir, e estamos aqui pela memória dos que partiram e pedindo paz no futebol, mais uma vez."
Uma faixa com a frase “Futebol e violência não ocupam o mesmo espaço” e as bandeiras dos dois países foram estendidas no início do jogo, que também contou com um minuto de silêncio antes do apito inicial.
A partida entre Colo-Colo e Fortaleza foi interrompida e cancelada aos 25 minutos do segundo tempo, enquanto os dois times empatavam por 0 a 0, após invasões de torcedores do clube chileno. A CBF informou que enviou um pedido formal à Conmebol e aos órgãos judiciais, solicitando que o Fortaleza seja declarado vencedor do duelo. Entre as possíveis punições que a Conmebol estuda aplicar ao Colo-Colo, a desclassificação da Copa Libertadores não está descartada.