Tarifaço

Trump ameaça taxar China em 200% por conta de imãs

A tensão surge duas semanas após a prorrogação do acordo das chamadas "tarifas recíprocas" entre Estados Unidos e China

 

Nesta segunda-feira, 24 de agosto, um novo capítulo da Guerra Tarifária entre o presidente Donald Trump e o gigante asiático acaba de ser escrito. Trump ameaça taxar a China em 200% ou algo parecido, caso o país não volte a fornecer ímãs aos Estados Unidos.

“Eles têm de nos fornecer ímãs. Se não nos fornecerem ímãs, teremos que cobrar uma tarifa de 200% ou algo assim. E não teremos problema nenhum com isso”, afirmou Trump.

O item é matéria primordial para a produção de tecnologias avançadas e equipamentos militares no país. Esses ímãs são superpotentes e oriundos de minerais das chamadas terras raras, que são um conjunto de 17 elementos químicos encontrados principalmente no Brasil e na China. O país asiático, por sua vez, é majoritariamente o exportador mundial.

Desde abril, a exportação de ímãs e outros produtos de terras raras para os Estados Unidos foi suspensa pela China, em retaliação ao tarifaço de Trump no segundo trimestre. Apesar do acordo que reduziu 115% as tarifas sobre produtos americanos, o governo chinês permanece sensível em relação a itens de terras raras.

A tensão surge duas semanas depois de os dois países terem prorrogado o acordo de redução das chamadas “tarifas recíprocas” por mais 90 dias. Até o momento, não há resposta do governo chinês sobre a declaração de Trump.

Por enquanto, as tarifas americanas sobre exportações chinesas seguem em 30%. Em contrapartida, as tarifas chinesas sobre exportações estadunidenses ficam em 10%.

Sobre o tarifaço
Medida adotada pelo presidente americano Donald Trump, a partir do segundo trimestre deste ano, com o intuito de reduzir o déficit comercial americano e ampliar seu poder de barganha no cenário geopolítico.

O tarifaço americano se tornou motivo de tensão econômica entre os Estados Unidos e outros países e também gerou críticas ao governo de Trump. Recentemente, o Brasil também foi taxado pela Casa Branca.

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