'Hub de Descarbonização'

Brasil e Reino Unido se juntam para a criação de politicas para a preservação ambiental

A junção pretende facilitar a transição para fontes de energia limpa, usando de minerais estratégicos e hidrogênio de baixo carbono

Os governos do brasileiro e do britânico dão início a uma colaboração direcionada para o desenvolvimento de políticas conjuntas que tem como objetivo principal, a descarbonização da indústria, medida vista como essencial para a preservação ambiental.A união visa facilitar a transição para fontes de energia limpa, com o uso de minerais estratégicos e hidrogênio de baixo carbono, entre outras iniciativas.


A estrutura de união entre Brasil e Reino Unido foi chamada de “hub de descarbonização”. A ação conjunta foi celebrada na COP29, de Baku, no Azerbaijão, em novembro, e deve ser motivo de novas discussões na COP30, em Belém, em 2025.


Segundo o economista Clovis Zapata, representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), no Brasil, o principal desafio para a descarbonização da indústria no Brasil seria o desenvolvimento de modelos de negócios capazes de difundir tecnologias de baixo carbono aliadas ao crescimento econômico. 


“Incluindo segmentos cujo próprio processo industrial pode ser de difícil descarbonização (como aço, cimento e petroquímicos)”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.


Um ponto importante seria a necessidade, trazida pelo setor industrial brasileiro, de mais facilitação de investimentos em descarbonização e modernização sustentável da infraestrutura. A parceria entre os governos pretende atrair recursos técnicos e financeiros nacionais e internacionais para projetos e políticas públicas de descarbonização.


De acordo com o representante da Unido, essa colaboração dos europeus complementa iniciativas do Brasil já reconhecidas no desenvolvimento e na utilização de energias renováveis e biocombustíveis. 


O apoio do Reino Unido para o Brasil incluiria investimentos financeiros com a participação de governos, empresas, fundos, instituições financeiras e organizações internacionais.


Outro desafio é que chamam a atenção da comunidade internacional os eventuais problemas de descarte de tecnologias que são utilizadas para implementação de energia limpa, como a solar e a eólica. 


O representante da Unido garantiu que já existem parceiros internacionais com projetos de coleta e tratamento adequado de produtos no final de seu ciclo de vida. “Tanto o Reino Unido como a União Europeia têm uma legislação avançada para estes produtos no final de seu ciclo de vida, e sistemas amplos de coleta e tratamento, que incluem descontaminação e reciclagem”. A ideia é que, em 2025, exista também no Brasil um projeto de cooperação com o governo federal para aprimorar o sistema de tratamento e a reciclagem de materiais e metais críticos.

Com informações de Agência Brasil

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