Nicolás Maduro

Venezuela rebate restrições dos EUA e Europa

O presidente tomou posse do cargo pela terceira vez

Novas restrições impostas pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia na véspera, quando Nicolás Maduro assumiu a presidência para um terceiro mandato após uma disputa de seis meses em torno da eleição presidencial contestada do país. 

O general Domingo Hernández Larez declara que as Forças Armadas venezuelanas rejeitam de forma categórica e enérgica as novas restrições impostas pela infame irmandade imperial. Ele descreve as sanções como uma ação desesperada, fora do Estado de Direito internacional.

O comunicado foi publicado após o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentar a recompensa para US$ 25 milhões por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro por acusações de tráfico de drogas. A recompensa anterior era de US$ 15 milhões.

Foi também estabelecida uma recompensa de US$ 25 milhões para o ministro do Interior, Diosdado Cabello, e outra de US$ 15 milhões para o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, além de novas sanções contra outros oito funcionários, incluindo o chefe da estatal petrolífera PDVSA, Hector Obregon.

Os EUA indiciaram Maduro e outros por acusações de narcotráfico e corrupção, entre outras, em 2020. Maduro rejeitou as alegações.

Na declaração de Hernández, ele afirmou que o governo venezuelano realizou um ataque frontal contra o flagelo do tráfico de drogas. 

A ação dos Estados Unidos coincidia com as sanções do Reino Unido e da União Europeia, cada uma visando 15 funcionários, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral e das forças de segurança, além das sanções canadenses focadas em 14 funcionários atuais e antigos.

Maduro, que ocupa a presidência desde 2013, foi declarado vencedor das eleições de julho pela autoridade eleitoral e pelo tribunal superior da Venezuela, embora os números detalhados que confirmam sua vitória nunca tenham sido divulgados.

A oposição venezuelana afirma que as contagens nas urnas mostram uma vitória esmagadora de Edmundo Gonzalez, o candidato opositor. 

Os quase 12 anos de governo de Maduro têm sido marcados por uma grave crise econômica e social e pelo êxodo de milhões de venezuelanos que deixaram o país. O governo sempre refutou todas as sanções, alegando que são medidas ilegítimas equivalentes a uma "guerra econômica" destinada a paralisar a Venezuela.

 

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