Fernando Collor é preso por corrupção em Maceió

condenado pelo STF por corrupção e lavagem de dinheiro

 

Acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, o ex-presidente teve sua prisão decretada nessa quinta-feira, dia vinte e quatro de abril, pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No atual momento, Fernando Collor se encontra custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. 

A ação que acarretou prisão do ex-presidente é decorrência da Lava Jato, pois Collor havia sido acusado em 2015 de receber vinte milhões em propina para aceitar um contrato de troca de bandeiras em postos de combustíveis pertencentes à BR Distribuidora.

A decisão de mandar Fernando Collor para a prisão foi tomada por Moraes e será levada ao plenário da Corte. Originalmente, a pena estabelecida pelo STF em 2023era de oito anos e dez meses de prisão e 90 dias de multa. Desde então, a defesa do ex-presidente tem apresentado embargos de declaração para rever a condenação. 

A pena total seria de quatro anos e quatro meses representando os crimes de corrupção passiva, no entanto, a defesa recorreu a essa condenação em específico, e após receberem um voto-vista do ministro Dias Tofoli, a pena do crime de corrupção passiva cometido por Collor, foi reduzida para quatro anos e 80 dias-multa.

Fernando Afonso Collor de Mello, nasceu no Rio de Janeiro em 1949, filho do ex-governador Arnon de Mello. Fernando Collor se mudou para Alagoas muito cedo onde construiu sua carreira política, foi prefeito de maceió, deputado federal por Alagoas, e ficou conhecido pela campanha contra funcionários públicos que ganhavam salários desproporcionais. A fama ajudou a candidatura a presidência da República, em 1989, Collor venceu Lula no segundo turno e se consagrou presidente da República.

Seu governo foi marcado por muitos acontecimentos, entre eles o Plano Collor, que entre as medidas envolvia a ministra da fazenda, Zélia Cardoso de Mello, que determinou o confisco da maior parte do dinheiro da poupança dos brasileiros, na tentativa de conter a inflação. Outros marcos do governo Collor, foram as denúncias de corrupção realizadas por seu irmão Pedro, que alegou que Paulo Cesar Farias, o tesoureiro de Collor possuía uma conta fantasma. 

Diante de todos os acontecimentos, Fernando Collor perdeu a popularidade no começo do mandato, e só retornou a política nos anos 2000, e foi elegido como senador de Alagoas durante dois mandatos, nesse período de 16 anos em que o ex presidente se envolveu no crime que o levou a atual condenação pelo STF.

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