Durante a visita a Pequim, o governo brasileiro juntamente com o governo chines assinaram acordo de comercialização bilateral. O Ministro da agricultura, Carlos Fávaro,confirmou em redes sociais que o Brasil poderá exportar mais cinco produtos agropecuários para a China.
Os protocolos de abertura de mercado foram assinados nesta terça-feira (13). C om o apoio das autoridades chinesas, o Brasil poderá garantir o comércio do setor de aves, como miúdos de frango (coração, fígado e moela), carnes de peru e de pato, grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGS) e farelo de amendoim para a China, assim como informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Sobre as medidas sanitárias e fitossanitárias, os países acordaram um memorando de entendimento :
"São três acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Isso representa a abertura de cinco novos mercados para a agropecuária brasileira, além da cooperação bilateral nas medidas sanitárias e fitossanitárias que aumentam a segurança dos alimentos comercializados entre os países", escreveu Fávaro em suas redes sociais. "Chegamos a 362 mercados abertos para o agronegócio brasileiro", acrescentou o ministro.
Segundo dados da aduana chinesa, compartilhados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a China importou, em 2024, aproximadamente:
- US$ 155 milhões em miúdos de frango;
- US$ 50 milhões em carne de peru;
- US$ 1,4 milhão em carne de pato;
- US$ 66 milhões em DDG e DDGS;
- US$ 18 milhões em farelo de amendoim.
A abertura de um mercado está associada a um processo de quando um país ou grupo econômico autoriza a entrada de produtos de outros países em seu mercado interno.
Esse procedimento está ligado à superação de barreiras comerciais, como requisitos sanitários e a negociação de acordos bilaterais ou multilaterais para permitir essa entrada.
Em abril, durante uma visita de representantes chineses ao Brasil, foi oficialmente confirmada a liberação do mercado chinês para os produtos de pescado brasileiros, negociação que vinha sendo conduzida desde 2016.
O Ministério da Agricultura estima que, somados, os novos mercados abertos na China representam um potencial comercial de até US$ 20 bilhões.