Várias prisões francesas foram atacadas durante a noite desta terça-feira (15), na França, em resposta aos esforços do governo de controlar e reprimir o tráfico de drogas, informaram as autoridades. Autoridades estão tentando combater o que chamam de “tsunami” de cocaína presente no país.

Agressores desconhecidos invadiram as penitenciárias da cidade de Toulon, no sul do país, e dispararam armas automáticas, enquanto veículos foram queimados ao lado exterior de outras prisões em Villepinte,Nanterre, Aix-Luynes e Valence. Autoridades afirmaram que funcionários também foram ameaçados. Contudo, não ficou esclarecido se os ataques ocorridos foram coordenados ou quem os executou.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, tem liderado os esforços para fortalecer a segurança presidiária e conter os criminosos que comandam seus impérios atrás das grades, disse que viajaria para Toulon. Em redes sociais, o ministro relata sua preocupação com os envolvidos.“Tentativas de intimidação foram feitas em várias prisões, desde a queima de veículos até o disparo de armas automáticas”, escreveu Darmanin no X. “Vou a Toulon para apoiar os agentes envolvidos. A República Francesa está enfrentando o problema do tráfico de drogas e está tomando medidas que desmantelarão maciçamente as redes criminosas.”

O ministro do Interior, Bruno Retailleau, informou que havia instruído os prefeitos locais, juntamente com a polícia, para intensificar imediatamente a proteção dos funcionários e das prisões.“A resposta do Estado precisa ser implacável”, escreveu ele no X. “Aqueles que atacam prisões e agentes penitenciários devem ser trancados nessas prisões e vigiados por esses agentes.”

A França vem sofrendo com o aumento de crimes cometidos por gangues e também com os recordes de apreensão de cocaína. À medida que se expandem pelas cidades, desde Marselha até cidades regionais menores, não acostumadas à violência das drogas. O aumento desta criminalidade tem trazido algumas mudanças, como o apoio ao partido de ultra direita União Nacional e ajudou a arrastar a política francesa para a direita.Darmanin, um ex-ministro do interior, e Retailleau têm priorizado o combate ao tráfico de drogas.