Ministro do Desenvolvimento Agrário indicou que descarta uma troca de comando no órgão após invasão à sede do Incra em Alagoas
O governo federal descarta a possibilidade de uma nova mudança no comando do Incra, diante das pressões lançadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
O plano do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, é agir para mediar o conflito entre o movimento e o novo superintendente do órgão, nomeado por indicação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na segunda-feira (30), o MST invadiu a sede do instituto em Alagoas, em protesto contra a indicação de Junior Rodrigues do Nascimento.
O novo superintendente do Incra foi nomeado por indicação de Arthur Lira (PP-AL), após Wilson Cesar de Lira Santos, primo do presidente da Câmara dos Deputados, ter sido exonerado do cargo. A exoneração ocorreu sem aviso prévio a Lira, o que acirrou os ânimos entre o governo e o parlamentar.
Teixeira, segundo contaram ao blog interlocutores do ministro, defenderá que o governo precisa manter uma boa relação com o MST. Lembrando que a premissa vale também para a relação entre o governo outros movimentos sociais ligados à questão da terra.
Nesta terça (30), o jornal Folha de S. Paulo adiantou que Teixeira pretende pedir a Nascimento que dê atenção especial aos pleitos do MST.
Apesar da polêmica, Lira decidiu não interferir. O presidente da Câmara, segundo apurou o blog, indicou que deixará o governo resolver a questão a partir de agora. A tese é que a parte que lhe cabia para resolver a crise no Incra foi feita, que era indicar um nome para comandar o órgão.