TENSÃO

Israel realiza ataques estratégicos na Síria após queda de Assad

Operações miram armas químicas e foguetes de longo alcance para impedir seu uso por grupos extremistas

Após a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, Israel confirmou ter realizado ataques a locais estratégicos no país. De acordo com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, a operação teve como objetivo neutralizar armas químicas e foguetes de longo alcance, prevenindo que esses armamentos fossem usados por grupos hostis na região. Os ataques teriam ocorrido nos últimos dias, mas detalhes específicos sobre os alvos ou os locais exatos não foram divulgados.

A derrubada de Assad, concretizada no último fim de semana por rebeldes sírios que chegaram à capital Damasco, encerra 14 anos de uma guerra civil devastadora. Apesar do alívio pela queda do governo, considerado um aliado próximo do Irã e do Hezbollah, o novo cenário gera incertezas sobre um possível vácuo de segurança.

Israel mantém uma postura vigilante diante das movimentações no território vizinho. Com a saída das tropas sírias de determinadas regiões, forças israelenses estabeleceram temporariamente uma zona-tampão, revivendo os termos de um acordo firmado em 1974.

Entre as principais preocupações de Israel estão as armas químicas remanescentes e os foguetes de longo alcance. Esses equipamentos, segundo Saar, representam um perigo significativo caso sejam capturados por extremistas.

A comunidade internacional observa com cautela a reconfiguração do poder na Síria. Enquanto algumas nações celebram o fim do regime autoritário de Assad, outras alertam para o risco de intensificação de conflitos entre grupos armados, especialmente em um cenário marcado pela ausência de um governo central estável.

Israel, por sua vez, reforça que suas ações estão alinhadas à garantia de estabilidade regional. A queda de Assad encerra um capítulo de tensões, mas inaugura novos desafios geopolíticos na complexa dinâmica do Oriente Médio.

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