O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu oficialmente a Cúpula de Líderes do G20 nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro, com um discurso contundente contra o desequilíbrio global entre investimentos em conflitos armados e esforços para combater a fome. Durante o evento, que reúne as principais economias mundiais, Lula lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta que será o principal legado da presidência brasileira no bloco.
“Em um mundo que gasta 2,4 trilhões de dólares em armamentos, é inaceitável que 733 milhões de pessoas passem fome”, afirmou o presidente, destacando que a fome é resultado de decisões políticas e não de escassez.
Contrastes globais
Lula contextualizou os desafios do mundo atual, apontando o aumento dos conflitos armados, os deslocamentos forçados e os efeitos devastadores das mudanças climáticas. Para ele, a fome é o "símbolo máximo" da tragédia coletiva enfrentada pela humanidade. O Brasil, segundo o presidente, possui experiência em combate à pobreza e segurança alimentar, citando como exemplo o Bolsa Família e outros programas de inclusão social que já tiraram milhões de brasileiros da extrema pobreza.
Aliança Global contra a Fome
A Aliança Global, lançada oficialmente durante a cúpula, já conta com o apoio de 81 países, 26 organizações internacionais e diversas instituições financeiras e filantrópicas. O objetivo é reunir esforços e recursos para erradicar a fome e reduzir a pobreza de forma global.
G20 no Rio: um evento histórico
É a primeira vez que o Brasil comanda o G20, e o encontro, realizado no Rio de Janeiro, reúne líderes de países como Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Itália. A cúpula deste ano tem como foco o combate à fome, as mudanças climáticas e a reforma de instituições globais como a ONU.
O evento marca um momento crucial para o Brasil na arena internacional, colocando temas sociais e ambientais no centro das discussões globais. Lula encerrou sua fala com um apelo à ação: “Que esta cúpula seja lembrada pela coragem de agir.”