Um surto de doença desconhecida tem provocado alarme no sudoeste da República Democrática do Congo, na província de Kwango. Com 143 mortes confirmadas até o momento, o fenômeno intriga médicos e autoridades, que ainda não identificaram a origem da enfermidade. O vice-governador da província, Remy Saki, e o ministro da Saúde, Apollinaire Yumba, divulgaram as informações na última segunda-feira, 2.

Os principais sintomas relatados incluem febre alta e dores de cabeça intensas, semelhantes aos de uma gripe severa. No entanto, a falta de infraestrutura médica na zona rural de Panzi, epicentro do surto, tem contribuído para o alto índice de fatalidades, já que a maioria dos pacientes morre sem receber atendimento adequado.

Uma equipe médica especializada foi enviada à área para coletar amostras e aprofundar as investigações. De acordo com Apollinaire Yumba, mulheres e crianças compõem a maior parte das vítimas, o que agrava ainda mais o impacto social da crise.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada na semana passada e confirmou que está colaborando com o governo congolês para entender a natureza da doença e planejar uma resposta.

Histórico de epidemias

A região de Kwango tem histórico de surtos misteriosos. Em 2017, uma situação similar deixou várias vítimas antes de ser identificada como febre tifóide. Os desafios enfrentados por áreas rurais do Congo, como a falta de diagnóstico precoce e tratamento eficiente, continuam sendo obstáculos no combate a emergências de saúde pública.

O avanço das investigações é aguardado com urgência, enquanto comunidades locais vivem sob o medo de uma doença que ainda permanece sem nome ou cura.