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Universidades britânicas abandonam rede social X por preocupação com desinformação

Instituições destacam queda no engajamento e impacto de conteúdo tóxico na decisão

As universidades britânicas estão se afastando da plataforma X, antigo Twitter, alegando preocupações com a disseminação de desinformação e discursos que fomentam violência e intolerância. A decisão reflete um movimento crescente entre instituições acadêmicas e culturais do Reino Unido, que buscam alternativas para preservar sua integridade digital e engajamento público.

Uma investigação revelou que várias universidades, faculdades e conservatórios de arte reduziram drasticamente suas atividades ou abandonaram a plataforma nos últimos meses. Essa mudança ocorre após episódios de violência racial no ano passado, atribuídos, em parte, à propagação de informações falsas e discursos de ódio na rede social.

Entre as instituições que decidiram abandonar ou diminuir sua presença no X, estão renomadas universidades como Cambridge e Oxford. Algumas faculdades de Cambridge, incluindo o Homerton College, declararam que a plataforma se tornou "cada vez mais tóxica" e que estão avaliando alternativas mais seguras e eficazes para alcançar seu público.

Na Universidade de Oxford, o Merton College excluiu sua conta, enquanto outras faculdades, como a Harris Manchester, passaram a direcionar seus seguidores para outros canais.

A Universidade de East Anglia relatou uma redução de 80% no engajamento do público na plataforma, o que reforçou a decisão de redirecionar esforços para outros meios. Instituições como a Royal Central School of Speech and Drama e o Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance também encerraram suas atividades no X.

O cenário reflete uma tendência que já havia sido observada entre forças policiais britânicas, que começaram a abandonar a rede social no ano passado. O impacto da desinformação na sociedade e a falta de moderação eficaz são apontados como fatores determinantes.

A gestão de Elon Musk, proprietário do X, tem sido amplamente criticada por sua postura em relação à moderação de conteúdo e declarações polêmicas. Recentemente, Musk pediu a prisão do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e apoiou publicamente o ativista de extrema-direita Tommy Robinson, intensificando o debate sobre o papel da plataforma na propagação de discursos extremistas.

Enquanto algumas universidades ainda mantêm contas ativas no X, o movimento de saída sugere uma transformação no cenário digital acadêmico do Reino Unido. Instituições estão explorando novas formas de comunicação que promovam engajamento positivo e reduzam a exposição a conteúdos nocivos.

Com informações da Agência Brasil.

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