O corpo de mais uma vítima do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins, na BR-226, foi resgatado na manhã desta sexta-feira, 3. A vítima, ainda não identificada, foi localizada por drones subaquáticos entre os escombros da estrutura e retirada por mergulhadores da Marinha.

De acordo com a Marinha, o corpo foi encontrado próximo aos destroços da ponte por volta das 10h30. O capitão Kayo Cuevas detalhou que a operação exigiu precisão devido à profundidade de 40 metros e à baixa visibilidade no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, no Maranhão, onde passará por identificação.

Desde o colapso da ponte, ocorrido em 22 de dezembro, 13 corpos foram encontrados, e quatro pessoas continuam desaparecidas. A ponte, que ligava os estados do Maranhão e do Tocantins, desabou enquanto veículos transitavam sobre ela, incluindo caminhões, carros e motocicletas.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o desabamento foi causado pelo colapso do vão central da ponte. As causas exatas ainda estão sendo apuradas. A estrutura foi interditada, e motoristas têm recorrido a rotas alternativas para cruzar o rio.

No momento do acidente, o vereador Elias Junior (Republicanos) registrava imagens das condições precárias da ponte. O vídeo, que viralizou nas redes sociais, reforça as denúncias de falta de manutenção da infraestrutura.

As operações de resgate contam com mergulhadores, sonares e drones subaquáticos. As equipes enfrentam dificuldades devido à profundidade, à correnteza e à escuridão do rio. Além disso, os destroços da ponte representam um risco adicional para os mergulhadores.

Entre os mortos estão crianças e adultos que estavam em veículos como caminhões, carros e motos no momento do desabamento. A última vítima identificada foi Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos, encontrada junto à mãe, Cássia de Sousa Tavares, dentro de um carro submerso.

A força-tarefa, composta por peritos e especialistas, segue trabalhando para identificar as vítimas e devolver os corpos às famílias.

A tragédia gerou comoção na região e levantou questionamentos sobre a manutenção de pontes e rodovias no Brasil. Enquanto as buscas continuam, moradores e familiares das vítimas aguardam por respostas e justiça.