Na tarde de sexta-feira, 08, o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em uma execução aparentemente planejada. O ataque ocorreu no Terminal 2, durante o desembarque da vítima, que estava retornando de Goiás com a namorada. A polícia investiga o caso como uma possível queima de arquivo, relacionada à delação de Gritzbach contra membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A vítima foi surpreendida por disparos de fuzil provenientes de um Gol preto, que foi encontrado abandonado em uma comunidade de Guarulhos. No veículo, foram apreendidas munições e um colete balístico. O crime também foi seguido por outro tiroteio nas imediações do Hotel Pullman, próximo ao aeroporto.

Gritzbach, de 42 anos, era um delator do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e vinha colaborando com investigações envolvendo o PCC. Ele havia revelado esquemas de lavagem de dinheiro, principalmente em transações com criptomoedas e imóveis, além de ser réu por assassinatos ligados à facção. Há registros de que ele participou até de um tribunal do crime para decidir sobre mortes dentro da organização.

O empresário era réu por lavagem de R$ 30 milhões e suas informações ajudaram a desmantelar várias operações ilícitas. Em março deste ano, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada e entregou detalhes sobre extorsões envolvendo policiais civis.

A Polícia Civil está à frente das investigações, enquanto os suspeitos continuam foragidos. Os quatro seguranças de Gritzbach, todos policiais militares, foram identificados e serão ouvidos. A morte do empresário também foi presenciada pelo filho, que estava com um dos seguranças no momento do ataque.

Com informações do G1.