IMPACTO CLIMÁTICO

Semas aponta causas climáticas para a morte de peixes em Santarém

Relatório da Secretaria de Meio Ambiente confirma que as condições extremas de temperatura e a falta de oxigênio no lago foram determinantes para a crise ambiental

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará revelou, nesta sexta-feira, 29, os resultados de um estudo sobre a mortandade de peixes no Lago Aramanaí, em Santarém. Segundo o relatório, a principal causa do fenômeno foi um evento climático extremo ocorrido no início de novembro, que afetou severamente a qualidade da água do lago, levando à morte de centenas de peixes e outros animais aquáticos.

O estudo foi realizado pelo Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico (NMH) da Semas e identificou uma série de condições adversas que contribuíram para o problema. Entre os fatores apontados, destacam-se a drástica redução de oxigênio dissolvido na água, que atingiu níveis alarmantes de apenas 0,15 mg/L, muito abaixo do mínimo recomendado para a sobrevivência da fauna aquática. A temperatura média da água também foi um fator crítico, alcançando 30°C, o que agravou a evaporação e contribuiu para a redução do volume do lago.

Além disso, o relatório indicou que a turbidez da água estava 133 NTU, comprometendo a penetração de luz necessária para o processo de fotossíntese, essencial para os organismos aquáticos. A presença de compostos de matéria orgânica e altos níveis de sais na água, provocados pela evaporação, também foram detectados, refletindo o impacto negativo das mudanças climáticas e a escassez hídrica.

A Semas continuará com o monitoramento do Lago Aramanaí e adotará medidas de mitigação para proteger o ambiente e evitar novos danos. Além disso, ações assistenciais serão reforçadas junto às famílias impactadas pelo fenômeno. O governo estadual segue comprometido em preservar a biodiversidade e restaurar o equilíbrio do ecossistema local.

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