COP30

Representatividade: Lideranças afrodescendentes pedem mais participação na COP30

Com a participação da Ministra Marina Silva, o documento com as petições foi elaborado pela Citafro e entregue ao presidente do evento

 

Durante a inauguração da Comissão Internacional de Comunidades Tradicionais Afrodescendentes e Agricultores Familiares no Itamarati, nesta quinta-feira, 29 de maio, lideranças afrodescendentes de 16 países apresentaram um documento pedindo mais participação e inclusão nas negociações da COP30.

Com a participação da Ministra Marina Silva, o documento com as petições foi elaborado pela Citafro(Coalizão Internacional de Organizações para a Defesa, Conservação e Proteção dos Territórios, do Meio Ambiente, Uso da Terra e Mudança Climática dos Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe) e entregue ao presidente do evento André Correia do Lago.

Além de inclusão da população negra nas políticas relacionadas à Amazônia, como a COP30, os representantes da Citafro também pedem, o reconhecimento dos povos afrodescendentes como sujeitos de direitos no sistema internacional, participação nos mecanismos da CQNUMC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) e segurança jurídica dos territórios.

Mais do que serem ouvidos, é uma questão de representatividade. Segundo a coalizão internacional, o documento que descende do II Encontro das Vozes Afrodescendentes, dá voz à mais de 180 milhões de afrodescendentes da América Latina e Caribe.

“Para nós, é muito importante esse espaço e o reconhecimento da importância dos afrodescendentes na preservação e na contribuição de ser a balança desse equilíbrio para questões climáticas. Nós, quilombolas, somos mais de 8.441 comunidades no Brasil. Estamos em todos os biomas”.

Disse Biko Rodrigues, presidente da Conaq (Coordenação Nacional das Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) em citação feita pela Agência Brasil.

A 30° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas acontece na cidade de Belém, Pará, em novembro deste ano. É a primeira vez que esse evento de proporção mundial irá ocorrer em um país da América Latina e, a expectativa é para a elaboração de medidas mais concretas no combate à elevação da temperatura do planeta, bem como da devastação causada por ela.

Da Citafro

A coalizão internacional é formada por organizações étnico-raciais de 16 países da América-Latina e Caribe, incluindo o Brasil, e atua como mediadora na inclusão de povos afrodescendentes nos debates sobre o clima, biodiversidade e desenvolvimento. No geral, a Citafro defende os direitos dessas comunidades perante órgãos internacionais como a ONU.

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