Antes mesmo do voto de silêncio e das portas serem fechadas na Capela Sistina, um vaticanista, Edward Pentin, criou uma lista com os 12 candidatos mais papáveis. A sequência é dominada por europeus, sem a presença de brasileiros e sul-americanos, e conta com alguns asiáticos e africanos. Veja seus nomes a seguir, em ordem alfabética.
Anders Arborelius, 75 anos, Suécia:
O Bispo de Estocolmo, já foi considerado um modelo pelo Papa Francisco, por sua capacidade de diálogo.
Charles Bo, 76 anos, Mianmar:
O Arcebispo de Rangoon, foi nomeado por Francisco e é considerado um forte candidato em temas de injustiça social e diálogo entre religiões.
Fridolin Ambongo Besungu, 65 anos, República Democrática do Congo:
O arcebispo de Kinshasa, é conhecido por suas posições ambientalistas e fortemente anticoloniais, ao mesmo tempo, que se posiciona contra a bênção a casais do mesmo sexo.
Jean-Marc Aveline, 66 anos, França:
O arcebispo de Marselha, nasceu na Argélia, e foi nomeado por Francisco sendo considerado seu favorito, principalmente, por sua defesa dos imigrantes.
Luis Antonio Tagle, 67 anos, Filipinas:
O arcebispo emérito de Manila, foi nomeado por Bento 16 e é considerado o ‘’Francisco asiático’’, por compartilhar a visão do Papa em temas como acolhimento aos imigrantes e causas sociais.
Malcolm Ranjith, 77 anos, Sri Lanka:
O arcebispo de Colombo, é mais uma aposta da ala tradicional e conservadora, com o diferencial de se alinhar à defesa do meio ambiente, como Francisco.
Matteo Zuppi, 69 anos, Itália:
O Presidente da Conferência Episcopal Italiana, foi nomeado por Francisco e escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou.
Péter Erdo,72 anos, Hungria:
O arcebispo de Budapeste, é visto pelos conservadores como uma contraposição às ideias de Francisco.
Pierbattista Pizzaballa, 59 anos, Itália:
O chefe do Patriarcado Latino de Jerusalém, é o mais jovem da lista e conhece profundamente os problemas do Oriente Médio. Também foi nomeado por Francisco.
Pietro Parolin, 70 anos, Itália:
O secretário de Estado do Vaticano, é frequentemente citado como papável pela imprensa especializada e pode ser considerado o favorito na disputa. A maioria dos Papas eleitos até hoje, é de origem italiana.
Robert Sarah, 79 anos, Guiné:
O prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, é mais uma aposta do campo conservador por sua firme oposição a Francisco em temas como processo sinodal e abertura a casais homossexuais.
Willem Eijk, 71 anos, Holanda:
O Arcebispo de Utrecht, é médico e um nome estimado pelos conservadores. Se manifesta enfaticamente contra a eutanásia, procedimento permitido em seu país, considerando-a um pecado. É contra a bênção a homossexuais, que considera contra a ordem de criação de Deus. Foi nomeado por Bento 16.
133 cardeais vão eleger o sucessor do Papa Francisco, que precisa conseguir pelo menos 89 votos na Capela Sistina. O Conclave terá até quatro sessões por dia e a espera é pela fumaça branca, que, quando sair pela chaminé, vai indicar que um novo Papa foi escolhido. Os sinos também vão tocar nesse momento tão aguardado. Enquanto não existir um vencedor, uma fumaça preta sai pela chaminé. Duas fumaças são previstas por dia (7h e 14h), mas, se o resultado for positivo, ela é antecipada e deve sair 05:30 na votação da manhã ou 12:30 na votação da tarde. “Habemus papam’’.