O presidente Lula da Silva e o governo brasileiro comemoraram o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, visando suspender um conflito militar que resultou na morte de mais de 46 mil palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, além de 1,2 mil soldados israelenses, desde outubro de 2023.
O pacto foi revelado nesta quarta-feira (15) pelo primeiro-ministro do Catar, xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, e está previsto para entrar em vigor a partir de 19 de janeiro.
"Após um longo período de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos combates e a libertação dos reféns contribuam para construir uma solução duradoura que promova paz e estabilidade em todo o Oriente Médio", afirmou o presidente em uma postagem nas redes sociais.
Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio.…
— Lula (@LulaOficial) January 15, 2025
O Palácio do Itamaraty, representando o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, também divulgou um comunicado oficial elogiando a suspensão da guerra, resultado da mediação realizada pelos governos do Catar, Egito e Estados Unidos.
Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe um conflito que, ao longo de 15 meses, resultou na morte de mais de 46 mil palestinos, com uma significativa proporção de mulheres e crianças, além de mais de 1.200 israelenses. O conflito também causou a morte de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários da ONU.
Além disso, provocou o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e causou a destruição da infraestrutura palestina, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para as gerações atuais e futuras. O Brasil apela para que as partes respeitem os termos do acordo e garantam a cessação permanente das hostilidades, a libertação total dos reféns e a entrada livre da ajuda humanitária em Gaza, assim como assegurem as condições necessárias para o início urgente da reconstrução da infraestrutura civil.
O complexo acordo, que foi negociado ao longo dos últimos meses, prevê um cessar-fogo inicial por seis semanas, a retirada gradual das forças israelenses do território palestino e a liberação dos reféns mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros detidos por Israel.
Ainda no comunicado, o governo brasileiro fez um apelo pela imediata retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos, propondo a solução dos dois Estados dentro das fronteiras de 1967, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como parte da Palestina, com Jerusalém Oriental como sua capital.
Com informações de Agência Brasil