Os sete grupos que invadiram a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Alagoas foram surpreendidos com a declaração à CNN do ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, de que o governo só vai negociar após a desocupação do local.
“Estamos aqui. Ainda não fomos informados dessa condição. Mas não esperamos nada do ministro Paulo Teixeira, que cumpriu até agora nada do que prometeu”, disse à CNN José Carlos da Silva Lima, coordenador da Comissão Pastoral da Terra e um dos principais líderes do movimento.
Os grupos exigem que José Ubiratan Rezende Santos, conhecido como Bira, assuma a superintendência do Incra em Alagoas no lugar de Junior Rodrigues Nascimento, nome indicado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) para substituir seu primo, Wilson César Lima, que foi exonerado do cargo por pressão dos movimentos sociais.
Ubiratan é ligado ao deputado Paulo Fernando dos Santos (PT-AL), o Paulão.
Em caráter reservado, fontes do governo federal avaliam que a disputa pelo comando do Incra passa por um componente político local e defendem o nome do atual superintendente, que veio de assentamentos e é filho de agricultores familiares.
Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse à CNN que o governo não vai negociar com os movimentos sociais que invadiram a sede do Incra em Alagoas até que o local seja desocupado.
“Não vamos negociar com o Incra ocupado, mas também não aceitaremos hostilidades do novo superintendente com os movimentos”, disse Teixeira.
Teixeira lembrou ainda que a indicação do superintendente do Incra é uma prerrogativa do governo federal e defendeu o nome Junior Rodrigues Nascimento, indicado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) para substituir seu primo, Wilson César Lima, que foi exonerado do cargo de superintendente regional de Alagoas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por pressão dos movimentos sociais.