Após um dia de pausa no mercado financeiro, o dólar apresentou uma forte queda e encerrou próximo de R$ 6,10, refletindo a intervenção histórica do Banco Central (BC) no câmbio e a aprovação de parte do pacote de redução de despesas na Câmara dos Deputados. A bolsa de valores começou o dia com um expressivo aumento, mas perdeu fôlego perto do final das negociações e registrou uma leve alta.

O dólar comercial fechou esta quinta-feira (19) cotado a R$ 6,122, com uma diminuição de R$ 0,146 (-2,32%). Apesar da queda, o valor de fechamento é o segundo maior da história do real, ficando atrás apenas do dia anterior, quando a moeda americana fechou em R$ 6,26.

Reservas internacionais  
A cotação chegou a abrir em alta, alcançando R$ 6,28 por volta das 10h15, mas começou a cair após o BC vender US$ 8 bilhões das reservas internacionais em dois leilões: um de US$ 3 bilhões, anunciado na quarta-feira (18) à noite, e outro de US$ 5 bilhões, realizado perto do final da manhã.

Corte de despesas  
A moeda operou em torno de R$ 6,14 no início da tarde e caiu ainda mais após a Câmara dos Deputados aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos do governo. A ampla margem favorável à votação (354 votos no primeiro turno e 348 no segundo) trouxe alívio. Na mínima do dia, por volta das 15h45, a cotação chegou a R$ 6,10.

O mercado acionário teve um dia de leve recuperação. Após atingir na véspera o menor patamar em seis meses, o índice Ibovespa da B3 fechou aos 121.188 pontos, com uma alta de 0,34%. Por volta das 13h30, o indicador atingiu 0,82%, mas perdeu força durante a tarde, pressionado pelas bolsas norte-americanas, que encerraram próximas da estabilidade.

Com informações de Agencia Brasil