O primeiro debate dos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro foi realizado pela Band (Rede Bandeirantes de Televisão) na Zona Sul do Rio de Janeiro, na quinta-feira (8). O evento foi marcado por trocas de farpas e ataques ao atual prefeito Eduardo Paes, mas também incluiu discussões sobre propostas. Participaram do debate Eduardo Paes (PSD), Alexandre Ramagem (PL), Marcelo Queiroz (PP), Tarcísio Motta (PSOL) e Rodrigo Amorim (União Brasil), com a mediação do jornalista JP Vergueiro.
O debate começou com a pergunta selecionada pela produção: "Por que o carioca deve escolher o senhor para ser prefeito do Rio?". Tarcísio Motta foi o primeiro a responder: “Acredito que só a luta muda a vida e que não podemos ficar indiferentes às injustiças e desigualdades. (...) Alguns aqui representam uma extrema direita que, quando eleita, prometia cuidar das pessoas e só entregou mentiras. (...)”. Em seguida, Rodrigo Amorim declarou: “Eu quero firmar um compromisso com você para restaurar a ordem nesta cidade. (...) Para isso, tenho como vice o deputado Fred Pacheco. (...) Eu tive coragem para enfrentar a máfia, a máfia do reboque (...)”. Eduardo Paes foi o terceiro a falar: “Recuperamos o sistema de BRT, expandimos e modernizamos, e conseguimos reativar as clínicas da família com o Supercentro Carioca de Saúde. Reduzimos o tempo de espera na fila do Sisreg pela metade. Desde 2021, o Rio criou 300 mil empregos e deixou de ser lanterninha na geração de empregos. Também criamos nosso Ginásio Tecnológico. Não tenho dúvidas de que fizemos a cidade avançar, gerando esperança para o carioca". Alexandre Ramagem afirmou: “Quando eu tinha 20 anos, fui assaltado e levei um tiro. (...) Hoje, com o apoio do presidente Bolsonaro, nós sabemos que o caos atual tem a mesma origem: o descaso e a malandragem deste grupo que está no poder. Onde tem malandragem demais, há falta de educação, saúde e segurança. Um Rio diferente não será construído por esses políticos de sempre". Por último, Marcelo Queiroz destacou: “Eu sou responsável por ter realizado o maior programa de castração gratuita do mundo (...) Também atuo na defesa contra maus-tratos aos animais. (...) É inaceitável que haja uma fila de 335 mil pessoas. (...) Quero um Rio de Janeiro sem fila de creche".
Nos momentos seguintes do debate, foram abordados temas como segurança, construções irregulares erguidas por milícias, municipalização de hospitais federais, a Ciclovia Tim Maia, internações compulsórias de usuários de drogas e o armamento da Guarda Municipal. Também foram discutidos assuntos como vacinas, educação, transporte, transparência pública e organizações sociais. No encerramento, cada candidato fez suas considerações finais.
Alexandre Ramagem agradeceu à família Bolsonaro pela confiança e reforçou sua promessa de integrar as forças de segurança para proteger a cidade. Eduardo Paes, buscando a reeleição, afirmou que cumpriu quase 90% de seus compromissos e prometeu ampliar o Supercentro Carioca de Saúde, criar novos centros na Zona Norte e Zona Oeste, expandir o ensino em tempo integral e aumentar as vagas e o número de ingressos nas escolas. Rodrigo Amorim criticou o que chamou de "cidade abandonada à desordem" e prometeu formar uma Guarda Municipal e Polícia Municipal de forma ostensiva. Marcelo Queiroz destacou sua intenção de abrigar o melhor da esquerda e da direita, defendeu o servidor público, a volta da Secretaria de Administração e o trabalho para manter e melhorar o BRT. Por fim, Tarcísio Motta defendeu a tarifa zero, educação integral inclusiva, moradias no centro da cidade e comida de qualidade para todos os cariocas, ressaltando a importância de combater a fome na cidade.
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As intenções de voto mostram que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aparece com 45,8% das intenções de voto, com uma diferença de 13,5 pontos percentuais sobre o segundo colocado, o deputado federal Alexandre Ramagem, que possui 32,3%.
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