Neste domingo (7), saiu o resultado das eleições legislativas antecipadas na França, e a esquerda, surpreendentemente, venceu. A coalizão de esquerda Nova Frente Popular é agora quem está no poder. A surpresa se deve ao fato de que, até então, a extrema-direita liderava as pesquisas e saiu na frente no primeiro turno. O resultado deste turno provocou reações significativas, especialmente de duas figuras famosas internacionalmente: o ex-jogador brasileiro Raí e o jogador francês Mbappé.
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Raí, que está fazendo mestrado em Ciências Políticas em uma das melhores universidades da França, fez um discurso contundente após a vitória da extrema-direita no primeiro turno: “Conheço bem a extrema-direita. O que eles fazem de melhor é mentir. Eu os conheci no poder. A extrema-direita é o fim do mundo, é o fim dos direitos humanos, da humanidade. No Brasil, vivemos um pesadelo. Quatro anos de misoginia, homofobia, preconceito, milhares de mortes, desmatamento. A extrema-direita é o ódio.”
Já Kylian Mbappé, capitão da seleção francesa, na quinta-feira, expôs seu posicionamento, dizendo que é “urgente ir votar” após os “resultados catastróficos” do primeiro turno.
A divisão do parlamento após as eleições ficou assim: Nova Frente Popular com 182 assentos, e em terceiro lugar, com 143 assentos, a Reunião Nacional. Os demais assentos são compostos por Republicanos e outras forças políticas. A vitória da esquerda gerou alívio na população e tranquilizou a União Europeia, que temia transformações drásticas nas posições de Paris caso a Reunião Nacional chegasse ao poder.
Mundialmente, a vitória também foi celebrada por países como Polônia, Espanha e Alemanha. No Brasil, com surpresa e alívio, o presidente Lula ressaltou que a união das forças políticas na França foi necessária para que o país fosse “contra o extremismo nas eleições legislativas”.
Entretanto, a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, declarou que a vitória do seu partido, Reunião Nacional (RN), foi “apenas adiada”.
Imagem de capa: reação da população francesa após o resultado das eleições | Reprodução | g1.globo.com | Reuters